Barca do Inferno, 26 de Setembro de 1500
Minha querida esposa,
Ó minha eterna amada nesta carta terei de ser breve.
Como te deveis estar a perguntar por que razão terei escrito inferno e a data da minha morte eu te responderei. A verdade é que eu me finei mesmo e por tantos pecados que cometi terei de ir para o temível inferno. Ó minha esposa querida não sei porque cometi tais pecado…talvez por tamanha ganância que tive em toda a minha vida e por sempre ter olhado de lado para aqueles que precisavam do que eu tinha e por em vez dos os ter ajudado ter maltratando-os mais do que já estavam…se pudesse tinha mudado tamanho mal na minha vida e agora ainda estaria vivo e caso já me tivesse finado iria agora para o paraíso…se o marinheiro diabólico da barca não me tivesse deixado escrever vos não sei como me consolaria por ir para tal destino e ainda mais que agora sei que me irás juntar quando vós vos finares. Sim! Vós ireis também nesta barca certo dia! Ele contou-me que mal eu me finei vos fostes consolar logo a outro e isso dá-vos um lugar nesta maldita barca mesmo e ate por rezares falsas rezas e vos não terdes chorado de tristeza!
Minha querida esposa que me juntareis um dia tenho de me despedir. Até ao dia em que nos encontraremos de novo!
Muitos beijos de saudade minha querida esposa do teu finado fidalgo
Post-scriptum: a minha fortuna e emblemas de fidalgo foram todas para, a minha dama amada e amante desde á 2 meses, a Rosalinda minha querida Antónia.